Esta estória não tem nome,
Esta estória não tem jeito,
É só um risco no escuro,
É só o traço do açoite.
Este canto é como o sangue
Navegando nos meus longes.
Sou eu o Pássaro, o alcance
Do gesto além do horizonte.
Busco o fogo, busco a chama
Para além do meu cansaço.
O que busco é só o espaço,
Sua imagem,
Sua exata partitura,
E o salto além da voragem.
Onde vou, vai o meu pássaro.
Myriam Fraga
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