20 agosto 2012

Uma estória sem nome

Esta estória não tem nome,
Esta estória não tem jeito,
É só um risco no escuro,
É só o traço do açoite.

Este canto é como o sangue
Navegando nos meus longes.
Sou eu o Pássaro, o alcance
Do gesto além do horizonte.

Busco o fogo, busco a chama
Para além do meu cansaço.

O que busco é só o espaço,
Sua imagem,
Sua exata partitura,
E o salto além da voragem.

Onde vou, vai o meu pássaro.

Myriam Fraga

Nenhum comentário: