25 maio 2011

Oração - a banda mais bonita da cidade

     Na última semana, mais de dois milhões de pessoas acessaram o vídeo da banda mais bonita da cidade. O diretor teatral curitibano Leo Fressato, de 24 anos, compôs a música Oração em 2008, para expurgar um amor mal resolvido e, segundo ele, “para que as pessoas pudessem cantar junto, mas jamais imaginaria que fossem tantas pessoas”.
     A canção acontece em um tempo mais ou menos de seis minutos. Numa casa, aproximadamente 20 jovens celebram a simplicidade de um encontro ao som da canção que aborda a complexidade de um coração em que cabe “o que não cabe na despensa, cabe no meu amor”. Começa com o singelo, e um tanto desafinado, solo de Fressato. À medida que o rapaz se desloca pela casa, vai conseguindo amigos, instrumentos e olhares entre os corredores, todos ao som da mesma canção. No fim, tudo é festa e alegria, com direito a confetes e um cachorrinho no colo do baterista. 

Vale a pena conferir esse sucesso:

Mary did you know? - Gaither Vocal Band

 

Essa é uma das mais lindas canções que já ouvi. Mary did you know?, música da Gaither Vocal Band, fala, de maneira simples e graciosa, sobre o Salvador Jesus. Em Seu infinito Amor, o próprio Deus se fez homem, habitou no meio de nós e demonstrou todo o Seu cuidado através de gestos, palavras e olhares. Espero que ela toque em seu coração assim como tocou o meu.

Seguem vídeo, letra e tradução:

Mary Did You Know?

Maria você sabia?




Mary did you know that your baby boy,
   Maria você sabia que seu bebê menino,
Will one day walk on water?

   Um dia andará sobre as águas?
Mary did you know that your baby boy,

   Maria você sabia que seu bebê menino,
Will save our sons and daughters?

   Salvará nossos filhos e filhas?
Did you know that your baby boy,

   Você sabia que seu bebê menino,
Has come to make you new?

   Veio para te renovar?
This child that you’ve delivered,

   Esta criança que você deu à luz,
Will soon deliver you.

   Um dia vai te libertar.

Mary did you know that your baby boy,
   Maria você sabia que seu bebê menino,
Will give sight to a blind man?

   Dará visão a um homem cego?
Mary did you know that your baby boy,

   Maria você sabia que seu bebê menino,
Will calm a storm with His hand?

   Acalmará uma tempestade com Suas mãos?
Did you know that your baby boy,

   Você sabia que seu bebê menino,
Has walked where angels trod?

   Andou onde os anjos pisaram?
When you kiss your little baby,

   Quando você beija seu pequeno bebê,
You’ve kissed the face of God?

   Você está beijando a face de Deus?

The blind will see,
   O cego verá,
The deaf will hear,

   O surdo ouvirá,
And the dead will live again.

   E o morto viverá novamente.
The lame will leap,

   O coxo saltará,
The dumb will speak,

   O mudo falará,
The praises of the Lamb!

   Louvores ao Cordeiro!
Mary did you know that your baby boy,
   Maria você sabia que seu bebê menino,
Is Lord of all creation?

   É o Senhor de toda criação?
Mary did you know that your baby boy,

   Maria você sabia que seu bebê menino,
Will one day rule the nations?

   Um dia dominará as nações?
Did you know that your baby boy,

   Você sabia que seu bebê menino,
Is Heavens perfect Lamb?

   É o perfeito Cordeiro do Céu?
This sleeping child you’re holding,

   Esta criança adormecida que você segura,
Is the Great I AM!

   É o Grande Eu Sou!

22 maio 2011

Calem a boca nordestinos!!

Texto de: José Barbosa Júnior.
www.crerepensar.com.br

Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!

Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?

Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?

Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?

Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial  Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.

Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.

Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…

Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…

E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…

Ah! Nordestinos…
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?

Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.

Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!

Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!

Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!

Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!

Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.

Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.

Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

Lições de um cachorro...



Texto de Ramiro Ros

Se um cachorro fosse professor, você aprenderia coisas assim:
 
Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
Nunca perca uma oportunidade de ir passear.
Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
Corra, pule e brinque todos os dias.
Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...volte e faça as pazes novamente.
Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
Se alimente com gosto e entusiasmo.
Coma só o suficiente.
Seja leal.
Nunca pretenda ser o que você não é.
E o MAIS importante de tudo....
Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

A amizade verdadeira não aceita imitações!!!

21 maio 2011

Em nome da justiça

Em dias em que estamos falando o tempo todo sobre justiça (ou injustiça), dias em que "condenam o necessitado por causa de um par de sandálias" (Am.2.6), deixo pra vocês uma música de João Alexandre: Em nome da justiça.

Galera, só com muito AMOR a gente muda esse país! Só com o AMOR de DEUS pra nossa gente ser feliz!

Ouçam:

Música Evangélica

Bom, li esse artigo no site do "pastoetador" - como ele mesmo se intitula - Gerson Borges . Gostei e quero compartilhar com vocês, a fim de refletirmos, refazermos as escolhas musicais em nossas igrejas e, quem sabe, escrever novas músicas!! O que acham? rs...Boa leitura!

     Mas que tipo de música se fazia no passado e que tipo de música fazemos hoje? Há quarenta, trinta anos atrás era uma música centrada em Deus e no seu Reino, descendente dos Salmos hebreus, da hinologia de Lutero, do canto calvinista baseado no Saltério, da teologia cantabile dos irmãos Wesley, dos canticos puritanos e avivalistas, dos hinários canônicos (Salmos e hinos, Hinário Presbiteriano, Cantor Cristão , Harpa Cristã et cetera), a sacada contextualizante e pop dos Gaithers (”O Rei está voltando” , ”Tocou-me”, ”Quando Jesus estendeu a sua mão“, ”Gloria pra sempre” , ”Satisfação é ter a Cristo”) e tantos outros clássicos versionados mundo afora). O Gospel das igrejas negras é desde as lavouras com mão de obra escrava dos afro-americanos (” Swing low, sweet chariot”, ”O salvador batendo está” , ”Minha pequena luz”) A partir dos Anos Sessenta, a guinada foi dada pelo Jesus Movement, pai de gravadoras-conceito como Maranatha! Music (”Buscai primeiro o Reino de Deus“, ”Vamos adorar a Deus”) e avô de Vencedores, Adhemar, Asaph e a liturgia - se cabe aqui o termo - das Comunidades evangélicas. Nos EUA, a matriz da cultura pop, claro, os anos setenta/oitenta viram nascer a CCM, Contemporary Christian Music, com gente como Keith Green, com o estouro de Andre Crouch, Amy Grant e outras estrelas da ”música de crente digna de Grammy). Hosana! Music e os seus filhos ao redor do planeta : os cds de louvorzão ao vivo - Hillsong, Diante do trono, ou seja, um modelo de culto (show com coral, ministro-de-louvor-e-banda, multidão, catarse, espetáculo).
     Tem muita coisa boa nisso tudo. E tem muita coisa absolutamente desnecessária, descartável, lixo religioso mesmo, sem medo de soar arrogante e presunçoso. Gospel Records, em São Paulo, Line Records e MK, no Rio de Janeiro. Não preciso argumentar ou provar nada: peguem e ouçam . Noventa por cento é lixo: sem valor algum do ponto de vista teológico-espiritual (conteúdo bíblico, coerência com o histórico ensino bíblico cristão , reformado e evangélico), sem valor estético (melodias óbvias, harmonias do tipo ctrl+c, crtl+v, letras de mau-gosto, ou seja, as formulas repetitivas dos clichês , clichês e mais clichês ) e com muito, muito valor comercial: o BUSINESS tomou conta e as gravadoras seculares apostam no ”Gospel” como a salvação da bancarrota fonográfica na era da pirataria e do download ilegal. ”Você adora, a Som livre vende“. Argh… Ricardo Barbosa está certíssimo : ” Quem define o que cantamos no domingo são os executivos das gravadoras”.
     Essa semana, Hans Kung me acordou com um soco: “Será que tudo isso é ”Cristão”? Só se for em um sentido tradicional, superficial, falso (…) nada disso é ”Cristão” no sentido mais profundo, verdadeiro, original da palavra. Nada disso é verdadeiramente cristão : nada tem a ver com Cristo, em cujo nome se baseia.” Parafraseando, nada disso, esse mercantilismo, essa macdonaldizacao do culto comunitário, esse louvor fast-food, essa droga de música e essa música-droga, ópio do povo  basta ver quem são os principais consumidores desses cds, dvds e shows…), isso NÃO É MÚSICA EVANGÉLICA. Tudo o que for genuinamente evangélico tem de dar na forma e no conteúdo UMA BOA NOTICIA. Da parte de Deus. Isso , essa música banal, não tem (a) Beleza, isso não tem (a) Verdade. Isso não anuncia a Graça de Deus e o Deus da Graça, isso não está à serviço e à favor dos valores do Reino de Deus, isso não prega Jesus Crucificado, isso não pastoreia e edifica a sua Igreja. Isso é coisa de Mamom, é ” Dança ao redor do Bezerro de Ouro ” (Eugene Peterson).
     Música (e arte) Evangélica deveriam trazer consigo SABEDORIA. Isso, arte-sabedoria, foi magistralmente sintetizado por Harold Bloom: ”esplendor estético, força intelectual e as nossas necessidades de beleza, verdade e discernimento.”  Encontro essa sabedoria nos Salmos, nos Hinos Protestantes, das letras esplendidas de Guilherme Kerr, Sergio Pimenta e Stênio Marcius.
    Música (e arte) Evangélica deveriam trazer consigo POESIA. Poesia é susto, invenção, novidade genial, artimanha e engenhosidade criativa. Poesia, saibam os senhores, é muito mais que rimas. Poesia é olhar a vida com olhos de criança, olhos de Deus: ” Talvez o amor e a natureza foram desde muito cedo as jazidas da minha poesia”, escrever Pablo Neruda. Poesia evangélica ? Adélia Prado responde:

” Pensava assim:
Se a cama for de ferro e as panelas,
o resto Deus provê:
é nuvem, sonho, lembranças . ”
( Terra de santa Cruz, Ed. Record, p. 43)

     Eu sei que corro perigo aqui. Por isso recorro a Ferreira Gullar: ” Não pode nenhum poeta - nem ninguém ter a pretensão de estabelecer regras e rumos para a poesia (…) a produção do poema é absolutamente impossível de prever-se. ” (Sobre arte, sobre poesia, Ed. José Olympio, p. 157) Mas que a poesia da canção Evangélica requer a leveza, a originalidade e a profundidade das Parábolas de Jesus, poemas de ouro, maravilhas teológicas e literárias, ah, isso requer e não tem conversa. Encontro essa poesia nas letras subversivamente cristãs de Gladir Cabral e Paulo Nazareth ( Crombie ).
     A verdadeira Música Evangélica é PARA A IGREJA E (sobretudo) PARA O MUNDO, A CULTURA. Pode(ria) e deve(ria) ser cantada, entoada à boca grande em todo e qualquer lugar. É como as palavras do Eclesiastes, O Livro de Jó, as Doxologias de Paulo: poemas. Verdade de Deus, tesouro do Homem. Pode ser bíblica sem citar a Bíblia? Pode. Deve. Precisa! Feito o livro de Ester, um livro cujo autor não cita Deus, a oração ” como artificio literário que visa a ressaltar o fato de que Deus é quem controla é dirige coincidências aparentemente insignificantes “, como sacou Raymond Dillard (Bíblia NVI de estudo, Ed. Vida, p. 793)
    A verdadeira Música Evangélica é TRINITÁRIA: dialoga, convida, respeita o outro, compartilha, convida à Comunhão, sai do Eu, vai pro Nós ou insiste no Eu-Tu, como nos ensinou Martim Buber, filosofo judeu. A música que ouço por aí se dizendo evangélica ” formulou , nas palavras sempre surpreendentes de Eugene Peterson, ” uma nova trindade, que define o ’ eu ’ como o texto soberano para a vida (…) Pai, Filho e Espirito Santo são substituídos por uma trindade pessoal , muito individualizada , composta por meus desejos santos, minhas necessidades santas e meus sentimentos santos “. ( Maravilhosa Bíblia, Ed. Mundo Cristão, p. 47 )
     A verdadeira Música Evangélica é, como toda arte, pequena ou grande, popular ou erudita, uma DÁDIVA. Sim, ” toda obra de arte é uma doação, não uma mercadoria. As obras de arte existem simultaneamente em duas economias: a economia do mercado e a economia da doação. (…) uma obra de arte é capaz de sobreviver sem depender do mercado, mas quando não há doação não há obra de arte (…) a arte que importa para nós - a arte que toca o coração, que enleva a alma, deleita nossos sentidos, essa obra é sempre recebida como um presente. “ ( Lewis Hyde, A dádiva: como o espírito criador transforma o mundo, Ed. Civ. Brasileira, p. 13,14 )
     Sim, meus caros e afetuosos amigos, eu quero (continuar a) fazer Música Evangélica. Poderemos resgatar das ruínas esse adjetivo tão precioso, enfiado na lama dessa industria religiosa?

Gerson Borges é pastoreador: pastor evangélico, poeta/musico e educador.

Polêmica ou Ignorância?

DISCUSSÃO SOBRE LIVRO DIDÁTICO SÓ REVELA IGNORÂNCIA DA GRANDE IMPRENSA
Marcos Bagno
Universidade de Brasília
     Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
    Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos do que eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentemente convencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).
    Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.
    Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela — devidamente fossilizada e conservada em formol — que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.
     Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro do conjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas.
     A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai.
     Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcido como “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).
    Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
     Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles — se julgarem pertinente, adequado e necessário — possam vir a usá-la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).
     O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que a defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então?"

Profª. Amanda Gurgel

     A profª. Amanda Gurgel expõe de forma simples a situação da educação no Rio Grande do Norte, Estado onde trabalha. A gravidade do problema educacional não afeta apenas os alunos e professores nortistas mas também todo o povo brasileiro. Uma realidade de salários ridículos, salas cheias e total falta de infraestrutura. Com uma postura humilde, a professora discursa, com a autoridade que a experiência lhe proporcionou, sobre verdades que os políticos não compreendem - ou fingem não compreender.

     Ela começa seu discurso mostrando os números do salário que recebe, o qual mal dá para pegar os transportes mensais para chegar ao colegio. Uma lição para os políticos que aumentam na surdina seus próprios salários, altíssimos, diga-se de passagem, enquanto as centenas de milhares de professores de nosso querido Brasil sequer podem comer a merenda que é oferecida aos seus alunos no recreio.

Vejam o vídeo:

18 maio 2011

O Amor de Deus

No universo de minhas leituras, tive o prazer de me envolver com a deliciosa e profunda obra intitulada O impostor que vive em mim, cujo ator, Brennan Manning, faz uma abordagem sobre o alguém que somos, aparentemente. Numa busca incessante por descobrir quem eu realmente sou, sem máscaras, sem tentar agradar a outros, descobri a grandeza do Amor de Deus, o qual me aceita e me acolhe exatamente como eu sou! É esse Amor que me preenche! E, por uma razão incompreendida, esse Amor é suficiente para mim.

Quero compartilhar com vocês um trecho do capítulo 4, O Filho de Aba, do referido livro. Mike Yaconelli, co-fundador da Youth Specialties, conta sobre o tempo em que, abatido e desmoralizado, arrastou-se pesadamente com sua esposa, Karla, até Toronto, Canadá, para um retiro na comunidade L'Arche [A Arca]. Ele foi com a esperança de obter inspiração das pessoas com deficiências físicas e mentais que viviam ali, ou buscar alívio na presença e na pregação de Henri Nouwen. Em vez disso, encontrou o eu verdadeiro. Ele conta a história que se segue:
  
  "Levou apenas algumas horas de silêncio antes de começar a ouvir minha alma falar. Demorou pouco até descobrir que não estava sozinho. Deus estava tentando gritar mais alto do que a barulheira da minha vida, contudo, eu não podia ouvi-lo. Mas, na calmaria e na solitude, seus sussurros gritaram de dentro da minha alma: "Michael, estou aqui. Tenho-o chamado, mas você não me escutou. Consegue me ouvir, Michael? Eu amo você. Sempre o amei. Esperava que você me ouvisse dizê-lo. Mas você tem estado tão ocupado tentando provar para si mesmo que é amado, que nem me ouviu".
Eu o ouvi, e minha alma sonolenta encheu-se com a alegria do filho pródigo. Minha alma foi despertada por um Pai amoroso que tem procurado e esperado por mim. Finalmente aceitei minha transgressão... Nunca tinha me acertado com isso. Deixe-me explicar. Eu sabia que estava quebrado. Sabia que era pecador. Sabia que decepcionava Deus continuamente, mas nunca consegui aceitar esse meu lado. Era uma parte que me envergonhava. Sentia continuamente a necessidade de me desculpar, de fugir da minha fraqueza, de negar quem eu era para me concentrar em quem deveria ser. Estava quebrado, sim, mas tentando continuamente nunca mais me quebrar de novo — ou, pelo menos, chegar a um lugar em que raramente estivesse quebrado.
Em L'Arche, tornou-se muito claro, para mim, que não havia entendido completamente a fé cristã. Cheguei a perceber que Jesus me fortalecia em minha transgressão, impotência e fraqueza. Era na aceitação da falta de fé que Deus poderia me dar fé. Era ao acolher minha transgressão que poderia me identificar com a transgressão dos outros. Meu papel era identificar-me com a dor de outros, não aliviá-la. Ministrar era compartilhar, não dominar; entender, não teologizar; cuidar, não consertar.
O que isso tudo significa?
Não sei... e sendo bem grosseiro, esta não é a questão? Sei apenas que em momentos específicos de nossa vida, ajustamos seu curso. Esse foi um desses momentos, para mim. Se você olhasse o mapa da minha vida, não perceberia nenhuma diferença notável, a não ser por uma ligeira mudança de direção. Só posso dizer que tudo parece diferente agora. Há uma expectativa, uma energia por causa da presença de Deus em minha vida que nunca experimentei antes. Só posso dizer-lhe que, pela primeira vez em minha vida, posso ouvir Jesus sussurrar todos os dias: "Michael, eu te amo. Você é o amado". E por alguma estranha razão, isso parece ser suficiente."
Para finalizar, deixo um vídeo que conta um pouco da trajetória de Derek Redmond. Defina-se radicalmente como o amado de Deus...desse Deus que te diz: Você é meu filho, o meu amado.



Midi Mafra

17 maio 2011

Ser noiva é...

* ver o sonho de criança se realizar...

* é contar nos dedos a hora de dizer: o SIM...

* pensar no nervosismo que deve ser ao caminhar pelo corredor da igreja ao lado de seu pai em direção ao altar...

* de chegar o dia de dividir o mesmo teto com a pessoa que ama...

* sonhar com o vestido a todo instante...

* falar de casamento até cansar e cansar...

* se emocionar de verdade ao ver fotos de casórios, músicas ou qualquer outra coisa relacionada com casamentos...

* ser paparicada por todo mundo, família, amigos, noivo, fornecedores e até conhecidos quando descobrem sobre o seu casamento...

* entrar na famosa TPC (tensão pré casamento)...

* ficar super feliz em saber que a família que vem de longe, vai fazer o maior esforço pra poder estar presente no dia importante da sua vida...

* é fechar a boca para o vestido poder fechar...

* escolher um excelente Buffet para oferecer para os seus convidados....

* ficar ansiosa pra chegar o dia de fazer um grande brinde com toda a família e amigos...

* se emocionar com pequenos gestos: presentes vindos de pessoas humildes, cartões lindos escritos pelos amigos, ouvir coisas positivas de quem já é casado e perceber o quanto nossos pais e família estão felizes com o casamento...

* ter que parar de gastar com coisinhas para guardar din din para outras coisas mais importantes...

* ficar arrumando as coisinhas da casa nova milhares de vezes...

* tentar ser economista, pintora, decoradora... e tudo que a nossa casa precisar...

* aprender a negociar e fazer um drama básico para conseguir baratear os custos do casamento com os fornecedores...

*achar o máximo fazer a prova do vestido mesmo quando ainda faltam meses para o grande dia...

* pensar em cada música que será tocada...

* ficar ansiosa e contar os meses, dias, minutos e segundos para o GRANDE DIA...

Ser noiva é maravilhoso! Uma sensação única, indescritível! Uma mistura de todos os sentimentos possíveis... Uma luta diária. É estar sempre em contagem regressiva para o dia da realização do seu grande sonho!

 Extraído da internet

05 maio 2011

Alencar

Alencar

Hão de os anos volver, – não como as neves
De alheios climas, de geladas cores;
Hão de os anos volver, mas como as flores,
Sobre o teu nome, vívidos e leves…

Tu, cearense musa, que os amores
Meigos e tristes, rústicos e breves,
Da indiana escreveste, – ora os escreves
No volume dos pátrios esplendores.

E ao tornar este sol, que te há levado,
Já não acha a tristeza. Extinto é o dia
Da nossa dor, do nosso amargo espanto.

Porque o tempo implacável e pausado,
Que o homem consumiu na terra fria,
Não consumiu o engenho, a flor, o encanto…

(Machado de Assis)

03 maio 2011

Cristo Vive!

Grupo da Segunda Igreja Batista de Houston, Texas, celebra a ressurreição de Cristo através de uma linda coreografia. No Domingo de Páscoa, cerca de duas mil pessoas se reuniram em praça pública para essa apresentação. Além de festejar a vida de Jesus, uma campanha de arrecadação de sapatos novos para doação a pessoas carentes foi realizada.

Vejam o vídeo!! Lindoo!