26 março 2013

Todo dia um novo dia



Todo dia é uma nova oportunidade de aprender com a vida! Fui surpreendida com situações adversas das mais variadas. Não sabia o que fazer nem como me comportar! Diante disso, levantei a voz aos céus e clamei: Pai, segura a minha mão! Por meio de um gesto simples e aconchegante, fui acolhida num mar de risos, onde as cores saltavam, cada vez mais brilhantes. Olhares se entreolharam aninhando-se num ritmo bailante. E era tão profundo... era tão sublime!! O descompasso existia para mostrar as nossas fragilidades e o quanto precisamos buscar o equilíbrio. Mistérios se revelavam em uma mistura de timidez e confiança, nas quais as palavras saiam despercebidas, mas num ritmo poético que só os ouvidos atentos conseguem escutar. Estava nas entrelinhas. A revelação se abria minuciosamente no ruído silencioso das batidas do coração. E o que era mistério, agora é vida! É fé e esperança! É como se, de novo, pudesse sentir a alegria de quando criança. Porque, neste exato momento, ao escrever, sinto, de alguma forma, a mão de Deus tocar as minhas mãos e o mesmo sentimento se renovando através de uma oração!

Midi Mafra

20 março 2013





"Ao contrário do ouro e do barro, o verdadeiro amor, dividido, não diminui". (Shelley)

17 março 2013


Pessoalmente




"Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos bem" [Millôr Fernandes].

Entre os encontros e desencontros da vida, recordo-me de uma palavra que soa com ligeira inexatidão, por causa das dúvidas causadas por ela. Hoje, está mais viva, questionando, indagando, martelando os meus pensamentos, na busca de uma resposta para o "pessoalmente". Isso porque somos, sutilmente, tragados pela síndrome do não-pessoalmente. Um mistério aguardando ser revelado. Gosto da frase de Mário Quintana, quando afirma que "a arte de viver é simplesmente a arte de conviver [...]". Nos perdemos em nossos olhares de vidro, em nossos ouvidos sem fio, em nossas cartas sem papel. Estamos à mercê do novo, sem saber que o novo afasta as mãos de se tocarem, os rostos de se verem, o olfato de sentir... pele na pele!! Olho no olho! Mão na mão! É isso que oferece o pessoalmente! Certamente, com algumas implicações a mais. E, talvez, por causa dessas implicações, seja tão mais difícil viver pessoalmente! Já que,  como conclui o próprio Mário Quintana: "Mas como é difícil" [conviver].

Midi Mafra